Segunda-feira, 24 de Outubro de 2011

 

Nos melhores dias digo que sou persistente; nos piores, quando sinto dificuldade em aturar-me, digo que sou chato, um cão perdigueiro em busca de uma caça imaginária. Em manhãs pardas e cheias de possibilidades como a de hoje, em que vejo nitidamente sequências e vontades, sinto-me apaziguado por não desistir, mesmo que cruze muitas vezes os braços. Continuo a acreditar, a amar e a odiar exactamente da mesma forma, e a impossibilidade de fuga ao que sou determina o que serei sem contemplações de merda.



publicado por afonso ferreira às 14:11 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Domingo, 23 de Outubro de 2011


publicado por afonso ferreira às 16:01 | link do post | comentar | ver comentários (1)

... depois do mundo acabar só podia ser um domingo. raios parta.


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publicado por afonso ferreira às 12:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 

 

Em vez de escrever, ouço – as palavras dos outros a desfiarem histórias de fim trágico; os apitos dos barcos no rio em manhãs de nevoeiro a entrarem como lamentos pelas janelas; o homem que canta na esquina uma desgraça de amor antiga; as palavras de ordem de milhares a caminharem nas ruas; os sinos a tocarem a arrabalde unindo as colinas; as ordens intempestivas que me ditas ao ouvido; as voltas que dou sobre mim próprio.



publicado por afonso ferreira às 01:25 | link do post | comentar

Domingo, 2 de Outubro de 2011

 

O medo pode ser um táxi a entrar veloz numa rotunda com várias faixas de rodagem apinhadas de trânsito furioso. É possível que se concretize num elevador cheio que pára em todos os andares até chegar ao céu do edifício. Sofás, panelas, moda, e o diabo, tudo arrumado em prateleiras, cabides e vitrines. Pode surgir numa sala ampla na penumbra, com a respiração de centenas e eventos malabaristas debaixo dos holofotes. Pode acontecer, como pequenas réplicas de um tremor de terra que se anuncia. 



publicado por afonso ferreira às 00:06 | link do post | comentar | ver comentários (2)

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