Um tipo passa a vida a desviar-se de arranjinhos amorosos, mas por mais que seja um ás na arte da fuga, de tempos a tempos acaba sempre por fazer figuras tristes. Por conseguinte, um tipo nunca acredita neste tipo de amor instantâneo, bom para os dias que correm mas ele também nunca correu ao sabor dos dias, portanto está tudo bem. Até ao dia em que apanha com um arranjinho que o deixa de cara à banda e a suspirar por mais. Este tipo está feito ao bife. Esse dia foi ontem. Este tipo sou eu.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES