As aventuras vividas nos policiais criados na ficção de escritores e argumentistas de cinema perpetuaram no imaginário colectivo a ideia da investigação criminal ser uma espécie de quebra-cabeças em que somente aquele que possui o famoso “faro” policial será capaz de revelar o verdadeiro autor de um crime. A investigação, tratada como um método empírico, é sustentada apenas na perspicácia demonstrada por tiradas. Apesar dos ínfimos elementos disponíveis, esses heróis são capazes de elucidarem sozinhos crimes complexos. No mundo real, os exemplos da literatura especializada orbitam recorrentemente em torno de crimes que deixam vestígios, mormente do homicídio (...). O crime é um fenómeno ocorrido no passado. A partir da sua notícia, os investigadores passam a operar na busca de provas de factos pretéritos, distantes. Invariavelmente, os escritores, seguindo o Código de Processo Penal, iniciavam o tema pela importância da preservação do local do crime, da chegada de peritos e testemunhas.
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grandes crimes sem consequência
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LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES