Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010

Jane Jacobs (behind the woman holding Save Penn station) and architect Philip Johnson

stand outside Penn station to protest the building's demolition in 1963

 

Devo muito a Jane Jacobs. Provavelmente a última grande activista americana, deixou um legado incontornável na luta por um planeamento razoável das cidades. O seu maior inimigo era o planeamento inflexível desde a base defendido por muitos como Le Corbusier. The Life and Death of Great American Cities é uma referência e defende a diversidade do espaço urbano contra a hegemonia que muitas vezes deriva na prática na destruição de velhas áreas para construir de raiz. Destruir é fácil, criar difícil, dizia Jacobs e toda a vida defendeu a mistura entre a velha e a nova arquitectura, a irregularidade contra a padronização. Os quarteirões deviam ser curtos, os edifícios albergarem diversas actividades e as ruas cheias de pessoas como medida contra o crime – eyes on the street, o conceito enunciado por ela ainda hoje é citado por muitos. A dança de actividades e pessoas distintas que uma zona velha cria ao longo de décadas uma vez extinta é impossível de recriar. 



publicado por afonso ferreira às 12:54 | link do post | comentar

2 comentários:
De Lígia Paz a 20 de Outubro de 2010 às 18:19
Este título faz-me muita comichão. Última grande activista porquê? Já não há mulheres? Já não há activistas?

Provoca-me estranheza que numa homenagem à senhora falte um dos conceitos que lhe foi mais querido: o de comunidade. Não são "ruas cheias de pessoas" - isso podia ser também um shopping ao ar livre. Jacobs ressalvou o aspecto social, e não apenas o costumeiro físico dos velhos planeadores urbanos do modernismo.


De afonso ferreira a 20 de Outubro de 2010 às 20:31
Cara Lígia Paz,
isto é um blog, não é imprensa especializada. Como tal a minha concepção de "activista", "grande" e "última" é a que eu quiser.

Isto não é uma homenagem, é um post. Pode não gostar da minha forma de escrever, mas onde é que leu algo onde não esteve explícito o aspecto social?

Já agora, esclareça-me: o que é o "costumeiro físico dos velhos planadores urbanos do modernismo"?


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