Jane Jacobs (behind the woman holding Save Penn station) and architect Philip Johnson
stand outside Penn station to protest the building's demolition in 1963
Devo muito a Jane Jacobs. Provavelmente a última grande activista americana, deixou um legado incontornável na luta por um planeamento razoável das cidades. O seu maior inimigo era o planeamento inflexível desde a base defendido por muitos como Le Corbusier. The Life and Death of Great American Cities é uma referência e defende a diversidade do espaço urbano contra a hegemonia que muitas vezes deriva na prática na destruição de velhas áreas para construir de raiz. Destruir é fácil, criar difícil, dizia Jacobs e toda a vida defendeu a mistura entre a velha e a nova arquitectura, a irregularidade contra a padronização. Os quarteirões deviam ser curtos, os edifícios albergarem diversas actividades e as ruas cheias de pessoas como medida contra o crime – eyes on the street, o conceito enunciado por ela ainda hoje é citado por muitos. A dança de actividades e pessoas distintas que uma zona velha cria ao longo de décadas uma vez extinta é impossível de recriar.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES