Quando o jantar termina e é tempo de atravessar as ruas, imagino, enquanto desço o prédio antigo, que o gelo tomou conta da cidade. É com espanto que assisto à vida na rua – os carros e o carro da polícia, a música na discoteca de porta fechada, o homem a passear o cão, o camião do lixo, a chuva que cai sem avisar. Não é suposto haver pelo menos um momento em que tudo pára?
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES