Depois de uns dias fora, volto e encontro a casa chateada. Não gosta de ser votada ao silêncio, dá-se mal com a ausência do dono, recusa-se a ouvir as minhas desculpas. Faço-lhe cócegas nos interruptores, danço desengonçado no corredor, dou-lhe palmadinhas no estuque. Nada. A casa está chateada, não se comove por truques circenses baratos.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES