Regresso a casa e apanho o Monster's Ball exactamente no momento mais alto do filme, aquele que fez com que o elegesse um dos meus preferidos na última década. Decido rever o filme, recordo todas as cenas, os diálogos espantosos que evocam algo acima de apenas amor, ódio, racismo, morte e solidão.
– Quero que me faças sentir bem.
Diz ela numa das cenas de sexo mais espantosas e belas, a imagem desfocada no espelho, o pássaro na gaiola. E depois o momento em que se sentam no alpendre para comer gelado e ela vê as três campas.
– Vai correr tudo bem, diz ele.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES