Li recentemente numa entrevista uma frase que registei na memória. Dizia o entrevistado que até aos trinta tinha observado, depois disso passou a agir. Não será por acaso que reparei na frase, recentemente sinto que aprendi as derradeiras lições sobre o amor e a amizade. Já observei tudo o que tinha a observar. Talvez tenha chegado o tempo de agir.
É o medo que nos paralisa. Que nos faz virar costas, queimar pontes, toldar o bom julgamento, trocar os sonhos por angústias. É o que impulsiona a traição e o desgosto. Esta noite apetece-me extrair com uma seringa de vidro e agulha fina todo o medo do sangue que corre na cidade.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES