Domingo, 27 de Fevereiro de 2011

A esticar horas e minutos para prolongar o dia.


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publicado por afonso ferreira às 12:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011

Ir à mercearia e receber o troco em rebuçados.



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Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011

A poucos dias de várias mudanças estruturais começo a demonstrar sinais de stress. Todas as acções assemelham-se a preparativos para a guerra – cada encontro soa a despedida, a despensa está cheia de enlatados, falta vestir a farda. 



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Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011

 

 

 



publicado por afonso ferreira às 13:53 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Processo de Vale e Azevedo desaparece do tribunal.

A quantidade de documentos, listas e processos que desaparecem das instituições portuguesas é um fenómeno ainda não devidamente estudado.

 


 



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Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011

 

Evite incendiar as pestanas do seu parceiro no primeiro encontro. Poderá passar a ideia errada da sua pessoa. 



publicado por afonso ferreira às 22:11 | link do post | comentar

 

 

Chemical engineer, Nigel Holbrook married his childhood sweetheart, Agnes Pembleton in 1946. Within a year, she had developed an extreme case of body odor which Holbrook attributes to an accident occurring in his laboratory. “Agnes was always meddling around my concoctions,” Holbrook said. The stench was so unbearable, Holbrook created a plastic suit for his wife to wear. She wore the oxygen-filled apparatus everywhere and became known to the townsfolk as The Plastic Lady. The Oak Hill Gazette, Austin, Texas1948



publicado por afonso ferreira às 01:35 | link do post | comentar

 

 

Faço contas por alto e tento precisar quantas horas dormi nos últimos três dias. Dez dedos chegam e sobram. Tento também enumerar as coisas fantásticas que consegui realizar com tanto tempo a mais entre mãos mas desisto. Vamos na quarta noite sem sono e tirando o pastel de nata esborrachado no bolso do casaco (não vale a pena perguntarem que eu não quero falar deste desastre), continuo sem avistar efeitos colaterais.

 

 



publicado por afonso ferreira às 00:54 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2011

 

A agenda complicou-se nas últimas semanas. Encontros, reuniões, missões impossíveis. Hoje foi necessário sair da cidade, a viagem implicou apanhar um comboio. Linha do Norte. Um empregado simpático na bilheteira trata-me como um ignorante. Eu agradeço porque sou realmente muito ignorante. Isto chega ao ponto em que me explica onde valido o bilhete. Eu sempre a agradecer. Depois descubro que existem comboios urbanos e passo quase uma hora na estação à espera que apareça o meu. Eu queria tanto um Alfa mas em vez disso vem um de dois andares. Gosto da precisão dos painéis na carruagem. 18ºC dizem eles, e de facto está um sol radioso. Ao contrários dos aeroportos, onde nunca assisti a uma partida a horas, nem chegada a bem dizer, não recordo um único atraso com comboios.* Nesta estação o único atrasado sou eu.

 

* Nem de propósito. Na viagem de regresso há um comboio que por motivos técnicos não partiu.



publicado por afonso ferreira às 23:51 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Uma espécie de domingo perfeito, Pedro Rolo Duarte.


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publicado por afonso ferreira às 00:14 | link do post | comentar

Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011

É do senso comum associarmos a violência com acções fortes mas existem outras formas de violência menos identificáveis à vista desarmada. Há uma violência subtil que pode fazer iguais estragos. Passei parte da noite a assistir a um debate entre um grupo de pessoas. A que aparentava ser a mais calma e razoável numa leitura superficial revela-se a mais nefasta na conclusão das ideias trocadas.

Imaginem que têm uma sala com dez pessoas a discutirem um assunto e que acabam por agregarem-se em torno de duas ideias e das respectivas pessoas que as defendem. É quase inevitável que todos, inconscientemente, condenem quem perder primeiro a cabeça, e por isso pode entender-se o primeiro que ofenda ou fale mais alto, por exemplo. No entanto, isso não significa que a pessoa não tenha razão. Do outro lado poderá estar uma pessoa que aparente serenidade, mas o meio para atingir o fim, para ganhar a disputa, poderá passar por uma provocação velada insistente e as ofensas indirectas também serão parte do seu discurso, e embora seja subtil, ou por isso mesmo, poderá ser muito mais ameaçador.

No geral as pessoas estão condicionadas a só ver a preto e branco e são induzidas a condenar ou aprovar consoante as leituras superficiais que fazem. Não aprovam ideias, dão razão ao menos ameaçador.

Nada disto que estou a dizer constitui novidade e está mais do que estudado pela psicologia comportamental. O facto mais interessante no grupo que observei foi as pessoas concordarem numa maioria esmagadora com o colérico e não com o falso passivo. A dúvida era se por acaso tal comportamento devia-se a simplesmente concordarem com a ideia proposta, ou se, inconscientemente, identificarem o cordeiro com pele de lobo. Nunca o saberei mas foi muito instrutivo.



publicado por afonso ferreira às 02:50 | link do post | comentar

Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2011

No "Corredor do Poder" os comentadores estão todos com rozetas de blush nas bochechas.



publicado por afonso ferreira às 23:37 | link do post | comentar

Eu até tenho humor. Juro. Não, não juro.

Nas últimas semanas tenho esbarrado em expressões de humor no mínimo bizzaras. Garantem-me que isto era humor. Talvez. E isto?

 

(...) Existe o mito de sobranceria do isolado. Novamente falso. Talvez esta acusação se explique porque agora já aceitamos os drogados, os homossexuais, os epilépticos e as raças não caucasianas: sentimos falta de alvos. Não somos sonbranceiros nem desprezamos a fábrica humana, até porque alguns de nós estabelecem boas relações com donos de cães.

Filipe Nunes Vicente, LER, ed. Fevereiro, pag. 47



publicado por afonso ferreira às 20:29 | link do post | comentar

 

 

Uma excelente ideia, os Cafés na Almedina. Programação aqui.



publicado por afonso ferreira às 19:49 | link do post | comentar

 

 

Catorze anos e oito casas depois, já aconteceu muita coisa – mudei com tudo atrás, levei só com o que era essencial, deixei tudo para trás. Da primeira casa só tenho comigo duas coisas: os livros e uma garrafa de vinho de 1840. Se empacotar livros e carregar com eles não é tarefa doce, em relação à garrafa nem sei o que diga. Vivo em sobressalto com esta garrafa. Imagino que a parto, que cai do suporte e fica reduzida a cacos. Já sonhei que a bebia. Já tive pesadelos onde revirava a casa toda  e não a encontrava em lado nenhum. Esta garrafa é a prova de que não podemos dar demasiado valor às coisas materiais e um sinal da minha demência.



publicado por afonso ferreira às 13:47 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Estuques pintados na Igreja de S. Vicente de Fora destruídos durante o restauro.

 



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Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011

 

 

Já entreguei despojos mais vezes do que desejava na vida. Cansa-me ainda mais os que nunca consegui entregar. A lista é bizarra – um prato de loiça, uma chave do correio, um livro, uma bateria de telemóvel. Despojos de algo que já não existe e deixou um rasto atrás. Mas o que gostava mesmo de conseguir entregar à proveniência são os despojos imateriais. Palavras, acções, loucuras.



publicado por afonso ferreira às 13:51 | link do post | comentar

 

As máquinas americanas de esmagar moedas. Não há monumento ou local de interesse que não tenha. Ficava tão bem uma no Castelo. E com as colunas do Terreiro do Paço? A barca com os corvos também esmagava que era uma maravilha.  [Por falar nisso, onde andará a minha moeda cilindrada nas Twin Towers?]



publicado por afonso ferreira às 04:32 | link do post | comentar

Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011

 



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Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

 

A chuva fraca da manhã transformou-se em bátegas, ia o dia a meio, o céu a desabar em cascata, o apito do vento por entre as árvores e os prédios. Para não contrariar a minha preferência por pneumonias, em troca da obrigação de arrastar guarda-chuvas comigo, estou na rua à mercê da tempestade. Acabo por abrigar-me na entrada de um prédio numa praça à espera que a chuvada sossegue; já nem é pelo corpo, é pelas gravatas que já não aguentam tanta molha. Na praça não se vê vivalma excepto um rapaz sentado num banco de jardim a falar ao telefone. Está aflito, a conversa não está a correr bem, luta para provar o seu ponto de vista. Chove muito, muito, e o rapaz já é todo ele água e desespero. Começo a ter pensamentos muito sérios sobre o bem-estar do rapaz. Tento recordar-me se já alguém morreu electrocutado a falar ao telefone numa tempestade. Levar com um raio em cima já aconteceu. A sorte dele é estar ao lado de uma árvore. Ou será ao contrário? Não devia estar perto da árvore. Felizmente deve existir pára-raios nos edifícios à volta. Digo eu. Imagino que sim. Neste ponto da história espero uma tragédia a qualquer momento, um choque eléctrico, um raio, um ataque cardíaco, umas eleições antecipadas. Já estou por tudo e a minha gravata encolhe-se, já sabe o que a espera com um tempo destes. O rapaz já tem o cabelo colado à testa, o casaco ensopado, e do outro lado continua sem resposta favorável. Estou quase a oferecer-lhe os meus préstimos, sempre fui um ás em discussões, em alguma coisa haveria de ser bom, mas agora o rapaz está em silêncio, ouve com atenção, uns longos segundos e acaba a dar a derradeira sentença com os pulmões em pleno – Olha, vai à merda, ouviste? Eu amo-te, EU AMO-TE!!!!



publicado por afonso ferreira às 23:19 | link do post | comentar | ver comentários (5)

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