Regresso a Berlim mais uma vez e já só quando estou a caminhar nas ruas gélidas da cidade descubro esta evidência. Em todas as viagens sucedeu o mesmo, vivo no momento um novo romance e, simultaneamente, enterro um antigo, amargo e pesado. Tenho o corpo na esquadria da cidade mas o pensamento nas linhas fluídas dos grandes eventos pessoais. Berlim é uma cidade dura, pela história e arquitectura, e penso se alguma vez terei de facto visitado a cidade, quando romantismo é a única palavra que jamais será possível associar a ela, e se não é por isso mesmo que volto a Berlim uma e outra vez.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES