Segunda-feira, 30 de Abril de 2012

Até no mal deve-se encorajar as pessoas a fazerem o que melhor sabem.



publicado por afonso ferreira às 20:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)

 

Planeamos tudo para evitar o confronto, para nos protegermos do embate. Tomamos decisões e optamos por caminhos e depois de tudo quando damos por nós estamos estatelados no chão de pedra a olhar o céu. Chove e tudo é cinzento – a rua, os prédios, as pessoas abrigadas debaixo dos toldos do comércio. O estrondo ainda a apitar nos ouvidos, a chuva a entrar pelos olhos adentro. Quando viramos a cabeça vemos a mota e parte de nós na calçada. Mais uma excelente oportunidade perdida de viver um maravilhoso flashback aos momentos marcantes na vida; mas a verdade é que a única coisa que me ocorreu é que tinha ainda muito para fazer e que acidentes não são para mim. Quando nos levantamos a custo percebemos que o caminho não era o mais correcto mas nem sempre vamos a horas de apanhar o mundo.



publicado por afonso ferreira às 19:29 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Domingo, 29 de Abril de 2012

 

 

 

 

Write drunk; edit sober.

Ernest Hemingway



publicado por afonso ferreira às 23:30 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sábado, 28 de Abril de 2012

É na morte dos que me são próximos que revejo a impotência no seu esplendor do que poderia ter feito e não fiz, no quanto poderia ter amado e não amei. 



publicado por afonso ferreira às 17:21 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 27 de Abril de 2012

Corrida à Feira do Livro. Saldo positivo, ainda apanhei a meio a apresentação do Éramos felizes e não sabíamos do Pedro Vieira e sai com um exemplar autografado com um boneco. Na banca da Planeta encontrei o Guia de Barcelona de Carlos Ruiz Zafón a preço de feira. Duas farturas, uma para subir o parque, outra para empanturrar na descida, e esquecer que o sol estava a morrer e ainda não tinha almoçado. Saída à francesa misturado na multidão apressada em direcção aos subúrbios e o trânsito caótico da rotunda. Fechar a semana e adormecer o corpo no bar do Ritz, mas a pressentir a cabeça focada na próxima semana de dias longos. 



publicado por afonso ferreira às 21:40 | link do post | comentar

Uma pessoa aguenta tudo menos dois feriados de seguida. Quatro domingos em duas semanas. Ninguém merece.



publicado por afonso ferreira às 11:18 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quinta-feira, 26 de Abril de 2012

 

 

April is the cruellest month, breeding

Lilacs out of the dead land, mixing

Memory and desire, stirring

Dull roots with spring rain.

Winter kept us warm, covering

Earth in forgetful snow, feeding

A little life with dried tubers.

 

TS Eliot




publicado por afonso ferreira às 20:25 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Há umas semanas num jantar conhecei um homem invulgar. Diplomata, tinha vivido e trabalhado um pouco por todo o mundo e trazia na bagagem histórias maravilhosas. Há uns anos estacionou em Lisboa, embora passe a maior parte do tempo fora em trabalho. Quando o interroguei sobre o motivo para ter escolhido a nossa cidade não mencionou o tempo, a gastronomia ou as pessoas. Disse que era o sítio mais estranho onde alguma vez tinha vivido e que o país existia no limite da ficção. Eu diria que a própria vida também.



publicado por afonso ferreira às 12:23 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Encerradas as festividades várias e afins, voltamos ao costume – pesquisar, organizar, escrever, planear, executar. A Primavera está a bater à porta, o resto é conversa.



publicado por afonso ferreira às 11:20 | link do post | comentar



publicado por afonso ferreira às 10:52 | link do post | comentar



publicado por afonso ferreira às 02:42 | link do post | comentar

Quarta-feira, 25 de Abril de 2012

 

 

A covardia é a mãe da crueldade.



publicado por afonso ferreira às 23:33 | link do post | comentar

E é quando menos esperamos, geralmente quando a nossa distracção do mundo ocupa tudo, que a vida consegue baralhar-nos as cartas de maneira surpreendente. As voltas do mundo é a coisa que mais me fascina desde sempre. Bem-aventurado dia.



publicado por afonso ferreira às 21:02 | link do post | comentar | ver comentários (2)



publicado por afonso ferreira às 11:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Terça-feira, 24 de Abril de 2012

 

 

Um dia é do caçador, outro da caça.



publicado por afonso ferreira às 21:13 | link do post | comentar

Miguel Portas (Lisboa, 1958 - Bruxelas, 2012)


publicado por afonso ferreira às 19:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 

 

Acabei de ver no Twitter as primeiras fotografias da Feira de Lisboa. Mais logo vou estar por lá, este ano com um objectivo muito específico, encontrar alguns livros sobre Lisboa esgotados há muito. Mesmo com o céu a desabar sobre a cidade, há rituais que não devem ser ignorados. 



publicado por afonso ferreira às 13:24 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Em Coimbra, a TSF visitou os livros que se guardam na biblioteca da universidade, muitos deles manuscritos, que se escondem em estantes com histórias de muitas épocas. Os mais valiosos estão guardados numa sala idêntica ao cofre de um banco, mas que é a casa forte da biblioteca.



publicado por afonso ferreira às 10:52 | link do post | comentar | ver comentários (1)

um grande olá para Queijas, abraço.


publicado por afonso ferreira às 00:19 | link do post | comentar | ver comentários (6)

Segunda-feira, 23 de Abril de 2012

 

 

'Um princípio reconhecido como verdadeiro, diz o autor (eu acrescento: reconhecido a priori, por conseguinte, apodíctico), nunca deve ser abandonado, qualquer que seja o perigo aparente que nele se encontra”. Ora, aqui, tem-se de compreender não somente o perigo de (casualmente) prejudicar alguém, mas, sobretudo, o de cometer uma injustiça, o que aconteceria caso eu fizesse do dever à veracidade, que é totalmente incondicional e que constitui nas declarações a condição jurídica suprema, um princípio condicionado e subordinado ainda a outras considerações; mesmo se, por meio de uma certa mentira, eu não cometesse, de fato, injustiça contra ninguém, eu violo, no entanto, em geral, o princípio do direito em relação a todas as declarações inevitavelmente necessárias (cometo uma injustiça formaliter, embora não materialiter), o que é muito pior do que praticar uma injustiça contra alguém, porque um tal ato nem sempre pressupõe um princípio, no sujeito, que diz respeito a isso. Aquele que permite a pergunta, que lhe é feita por um outro, se ele pretende ou não ser verídico em sua declaração, que deve fazer agora, sem que a receba logo com má vontade devido à suspeita, que é desse modo levantada contra ele, de que pudesse bem ser um mentiroso, mas que peça a permissão para refletir primeiro sobre possíveis exceções, já é um mentiroso (in potentia), porque ele mostra que não reconhece a veracidade como um dever em si, mas reserva para si exceções a uma regra que, em sua essência, não permite nenhuma exceção, pois ela [essa regra] nessas [exceções] contradiz-se precisamente a si própria.' 


* se a houver. mas vamos deixar Kant para outras núpcias.


publicado por afonso ferreira às 22:10 | link do post | comentar

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