Quinta-feira, 21 de Junho de 2012

Se é espanto pelo mundo que procura, ouça os outros com atenção.



publicado por afonso ferreira às 10:49 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quarta-feira, 20 de Junho de 2012


publicado por afonso ferreira às 17:11 | link do post | comentar

You've been glued to daytime drama for years, and now you think you could write for your favorite soap opera. It seems like all you need to do is take your favorite characters and find new ways for them to stab each other in the back, have elicit affairs and then blame everything on someone else. 



publicado por afonso ferreira às 10:03 | link do post | comentar

A ex-secretária de Estado dos Transportes Ana Paula Vitorino reafirmou ao tribunal que o antigo ministro Mário Lino lhe disse que as empresas de Manuel Godinho, principal arguido no processo “Face Oculta”, eram “amigas do PS”. No depoimento por escrito enviado ao Juízo de Instância Criminal de Ovar, que tem sob a sua alçada o processo “Face Oculta”, Ana Paula Vitorino mantém tudo o que disse em depoimentos anteriores.



publicado por afonso ferreira às 09:41 | link do post | comentar

Há dois anos, Rui Pedro Soares, o boy apanhado com a boca na botija, era a peça crucial na caça ao Sócrates. Agora o processo anda às boladas pelos tribunais e o último juiz chegou à amigável conclusão que não vê indícios de corrupção no pagamento. Apesar de todas as provas contra si, é bastante provável que ainda receba uma indeminização por danos morais e uma palmadinha nas costas pelo serviço prestado à pátria. É tão bom ter amigos, essa cambada da inquisição é que estraga tudo.

 




publicado por afonso ferreira às 01:39 | link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Há 72 anos era inaugurada em Lisboa a Exposição do Mundo Português. Uma exposição que iluminava Lisboa contra a escuridão que se abatia sobre a Europa. O evento impressionou quem passava pela capital portuguesa, como o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, que em 1940 parou na cidade, a caminho dos Estados Unidos. Por essa altura, França já se tinha rendido às forças nazis e só Inglaterra parecia resistir. "Lisboa, que organizara a mais bela exposição do mundo, sorria com um sorriso um tanto pálido", nota o autor de "O Principezinho". "Mas por baixo do sorriso, eu achava Lisboa mais triste que as minhas cidades extintas."



publicado por afonso ferreira às 01:10 | link do post | comentar

Terça-feira, 19 de Junho de 2012


publicado por afonso ferreira às 21:54 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Inocente. É esta a conclusão do relatório preliminar da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no âmbito do processo de averiguações às alegadas pressões ilícitas do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, sobre o jornal "Público".



publicado por afonso ferreira às 19:38 | link do post | comentar

 

 

In Physics Aristotle makes a distinction between Time and the singles moments he describes as the "present". Single moments are – like Aristotle's atoms – indivible, unbreakable things. But Time is the line that links these indivisible moments. Though Tarik Bey asked us to forget Time – that line connecting one present moment to the next – no one except for idiots and amnesiacs can succeed in forgetting it altogether. A person can only try to be happy and forget Time, and this we all do. (...) Clocks and calendars do not exist to remind us of the Time we've forgotten but to regulate our relations with others and indeed all of society, and this is how we use them. When looking at the black-and-white clock that appeared on the screen every evening, just before the news, it was not Time we remembered but other families, other people, and the clocks that regulated our business with them. It was for this reason that Füsum studied the clock on the television scren to check if she'd adjusted her watch "perfectly", and perhaps it was because I was looking at her with love that she smiled so happily – and not because she'd remembered Time. 

The Museum of Innocence, Orhan Pamuk




publicado por afonso ferreira às 18:46 | link do post | comentar

 

 

 

Guarda-te da ira de um homem paciente.



publicado por afonso ferreira às 13:44 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Chego a Lisboa de viagem e outra vez a mesma merda. Contas no Facebook e email sem acesso, alertas a apitar por todo o lado. Parece que as minhas saídas são muito proveitosas a alguém. Tédio, o que sinto é um grande tédio. A mediocridade dos outros é a única coisa que me aplaca as insónias.



publicado por afonso ferreira às 12:50 | link do post | comentar | ver comentários (3)

The expense of spirit in a waste of shame

Is lust in action: and till action, lust

Is perjur'd, murderous, bloody, full of blame,

Savage, extreme, rude, cruel, not to trust;

Enjoy'd no sooner but despised straight;

Past reason hunted; and no sooner had,

Past reason hated, as a swallow'd bait,

On purpose laid to make the taker mad:

Mad in pursuit and in possession so;

Had, having, and in quest to have, extreme;

A bliss in proof,— and prov'd, a very woe;

Before, a joy propos'd; behind a dream.

All this the world well knows; yet none knows well

To shun the heaven that leads men to this hell.

 

Shakespeare



publicado por afonso ferreira às 01:16 | link do post | comentar

Segunda-feira, 18 de Junho de 2012

Ninguém a não ser um grupo de "bloggers" contratado (por atacado) para os gabnetes ministeriais e que pensa que aconselhar um Governo é tão fácil como criticar quem está no poder. Não é. Atacar Sócrates em blogues e redes sociais era uma actividade ao alcance de qualquer amador. Defender e ajudar a coordenar um governo de coligação no meio de um resgate financeiro é uma tarefa para quem sabe. Ricardo Costa, Expresso.



publicado por afonso ferreira às 23:42 | link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 




publicado por afonso ferreira às 21:07 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quinta-feira, 14 de Junho de 2012

 

 

 

Manhã cedo, ainda de olhos fechados e a arrastar os sonhos pelo cordel, entro no café do meu bairro para pedir um jarro de cevada. A consternação é geral, entre os donos e os vizinhos, a D. Júlia finou no dia do santo padroeiro. Ainda há pouco ali estava no café a rir e a falar pelos cotovelos, e agora isto, esta morte tão inesperada. Uma coisa assim, fulminante. A quem chegava em busca de notícias distinguiam qual das Júlias, nome comum no bairro, a morte tinha convidado – a que deram como morta quando caiu o candeeiro. Depois ouvia-se um ahhhhh triste e mais considerações sobre a porcaria da morte que chega sem aviso, tudo distraído com os balões e a morte a chegar sem ninguém dar por nada, malvada. Aparecia mais um vizinho e a conversa recomeçava outra vez – morreu a Júlia do candeeiro – ahhhhh, grande gaita. Ainda há pouco a vi a comprar cerejas.



publicado por afonso ferreira às 11:54 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Faço a mala mais uma vez e passo tudo em revista. Parto com dois dias de atraso em relação à data prevista, mas não foram dias perdidos. Na realidade a noção de tempo é algo difuso neste momento. 



publicado por afonso ferreira às 11:00 | link do post | comentar

Quarta-feira, 13 de Junho de 2012

 

After the 1980 coup, the ten o'clock curfew constrained my intervals of inertia. But martial law could not cure my affiction; indeed squeezing my relief into a shorter parcel of time made the suffering more intense. During the curfew hours, the crisis of immobility would intensify from half past nine, and I would be unable to stand, no matter how furiously I told myself "Up now!" As the countdown continued relentlessly my panic would become impossible to bear by twenty to ten. When I finally managed to propel myself downstairs and into the Chevrolet, Çetin and I would panic as we wondered whether we would make it to the house by the curfew; invariably we were four or five minutes late. In those first minutes of the curfew (which was later extended to eleven 0'clock) the soldiers would never stop the last few stragglers racing down the avenues. On the way home, we'd see cars had crashed in Taksim Square and harbiye and Dolmabahçe in their haste to beat the clock, and the drivers were no less quick to get out of their cars and pummel each other. One night a drunken gentleman emerged with his dog from a Plymouth, its exhausted pipe still apewing smoke, and it reminded me of another occasion when after a head-on collision in Taksim, a taxi's broken radiator was producing more steam than the Cağaloğlu Haman. One night, having navigated the macabre darkness and the deserted, half-lit avenues, I reached home safely, and after I had poured myself one last raki before heading for bed, I pleaded to God to return me to normal life. I cannot say if I really wanted this prayer to be answered.

The Museum of Innocence, Orhan Pamuk

 

 

 

 



publicado por afonso ferreira às 22:42 | link do post | comentar

 

 

 

 

Algo de muito errado se passa quando para aceitar um simples convite para jantar só nos falta telefonar para o SIS a pedir a ficha da pessoa. Isso ou termos já esbarrado na vida em muita gente doente que devia mesmo ter cadastro e afinal é apenas um acto de grande sensatez a adoptar.



publicado por afonso ferreira às 21:20 | link do post | comentar | ver comentários (1)



publicado por afonso ferreira às 11:23 | link do post | comentar

Terça-feira, 12 de Junho de 2012

Mas a que propósito renasceu esta bela ideia de só falarmos e escrevermos em inglês em todo o lado? São as frasesinhas, as piadinhas, os pensamentos profundos. Parece que voltei aos anos 80 quando uma banda que cantasse em português era uma ave rara. 



publicado por afonso ferreira às 10:28 | link do post | comentar | ver comentários (3)

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