Hoje acordei, e por qualquer coisa que sonhei que já não recordo o que tenha sido, fui remexer no passado. Nas mensagens, nas coisas que enviámos um ao outro em Setembros passados. Foi nostálgico? Não. Na verdade senti um grande tédio. As mensagens foram corridas em passo de corrida a evitar ler o conteúdo, retida uma ou duas palavras ou datas apenas para facilitar a busca do que procurava. Não pensei francamente em nada de especial. E não sinto curiosidade em relação ao presente. Frankly, my dear, I don't give a damn. E é óptimo sentir isto.
Lá diz Fernando Pessoa: "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos".
Fernando Pessoa lá tinha a sua razão. "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. :) :)