O medo pode ser um táxi a entrar veloz numa rotunda com várias faixas de rodagem apinhadas de trânsito furioso. É possível que se concretize num elevador cheio que pára em todos os andares até chegar ao céu do edifício. Sofás, panelas, moda, e o diabo, tudo arrumado em prateleiras, cabides e vitrines. Pode surgir numa sala ampla na penumbra, com a respiração de centenas e eventos malabaristas debaixo dos holofotes. Pode acontecer, como pequenas réplicas de um tremor de terra que se anuncia.
a minha língua é a pátria portuguesa
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grandes crimes sem consequência
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LEITURAS
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Caixa para pensar – Manuel Carmo
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