Em vez de escrever, ouço – as palavras dos outros a desfiarem histórias de fim trágico; os apitos dos barcos no rio em manhãs de nevoeiro a entrarem como lamentos pelas janelas; o homem que canta na esquina uma desgraça de amor antiga; as palavras de ordem de milhares a caminharem nas ruas; os sinos a tocarem a arrabalde unindo as colinas; as ordens intempestivas que me ditas ao ouvido; as voltas que dou sobre mim próprio.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES