Nos melhores dias digo que sou persistente; nos piores, quando sinto dificuldade em aturar-me, digo que sou chato, um cão perdigueiro em busca de uma caça imaginária. Em manhãs pardas e cheias de possibilidades como a de hoje, em que vejo nitidamente sequências e vontades, sinto-me apaziguado por não desistir, mesmo que cruze muitas vezes os braços. Continuo a acreditar, a amar e a odiar exactamente da mesma forma, e a impossibilidade de fuga ao que sou determina o que serei sem contemplações de merda.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES