Não deixa de ser estranho escrever um título de um texto e perceber que já o utilizámos antes. De tempos a tempos, lamento coisas, e, sinceramente, deveria lamentar mais. Só me fazia bem. Lamento não ter tido o tempo e o discernimento para ter estado mais com algumas pessoas e não ter registado as suas histórias em vez de confiar apenas na memória. Ontem disseram-me, vais esquecer coisas, é impossível recordares tudo, num prenúncio infeliz do que seria o dia de hoje. Lamento também, das palavras que escrevi, as que não foram correctas, por distracção ao outro, ou às regras que gosto tanto de me guiar mas que por vezes jazem por terra por falta de atenção à vida. Lamento muito.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
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Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES