Quinta-feira, 3 de Novembro de 2011
A passagem abrupta do Verão para as tempestades outonais, com as sarjetas entupidas de folhas e a tristeza a submergir a cidade, assemelha-se ao mesmo desconforto de uma mudança brusca de comportamento em alguém que guardávamos nos afectos como exemplar. Se a primeira mudança traduziu-se num ataque de falta de ar, os pulmões a explodirem como se fosse impossível o corpo adaptar-se à adversidade dos céus; a segunda teve como desfecho uma tentativa de respirar sofregamente e sentir o ar ser filtrado pelos buracos de um botão.
De Helena a 3 de Novembro de 2011 às 22:09
Eu..não o teria definido melhor.. :)
Saudações amigas.
De Bípede falante a 4 de Novembro de 2011 às 00:21
É, o mundo gira!
De Cristina a 5 de Novembro de 2011 às 01:52
A primeira é o cheiro da terra molhada, a explosão de cores radiantes do Outono (vermelhos de todos os tons, amarelos, (a)castanh(ad)os, dourados e ainda e sempre os verdes), a paisagem em constante mudança (assim como se um camaleão) que todos os dias me deslumbra. A água que limpa e permitirá novos desabrochares... e claro, os lençóis de água na estrada, as sarjetas entupidas na cidade. Mas esses são meros contratempos criados pela mão do homem, que não distraem da verdadeira mudança, operada pela natureza e que sempre me obriga a respirar fundo de deslumbramento e alegra a alma e a disposição. A segunda... lembra-me sempre que, se queremos exemplar, teremos que ser nós a dar o exemplo! E assim me lembrei de distrair, passeando-me por aqui, o que parece ser o princípio de uma inusitada e eventualmente infundada insónia.
De Giulia a 5 de Novembro de 2011 às 20:50
Cristina, há comentários que de tão banais até roubam a vontade de os ler...
Parabéns, homem!
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