Há uma semana apanhei o Manuel Monteiro na televisão e depois do choque inicial deste regresso ao mundo dos vivos e de o ver sem óculos, ouvi uns lugares comuns de economia-chinelo. Dizia o Monteiro que no início de carreira quando chegou à banca ensinaram-lhe uma regra de ouro – se o cliente deve uma pequena soma ao banco é certo que tem um problema, mas se deve uma grande quantia passa o banco a estar em apuros. Muito haveria a dizer sobre as minha insónias e os motivos insondáveis para estar a evocar o Monteiro a esta hora mas vamos ultrapassar isso. Estava aqui a pensar com os meus botões que estou como o banco, a soma é exorbitante, são letras e letras que não foram ressarcidas, doravante o problema será meu. Agora vou pegar no caderno de economia do Expresso e tentar uma correspondência entre indicadores económicos e signos astrológicos.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES