De volta ao trabalho e em força. Os prazos aproximam-se perigosamente no calendário e pela primeira vez em muito tempo agrada-me olhar pelas janelas e pressentir uma tempestade. Tenho um novo vício, chá branco, que alguém amigo garantiu que desperta tanto como o café, mas com a vantagem de não ter o sabor horrível do outro (sim, odeio café. Eu sei, é estranho). Chove, chove sem parar, as copas das palmeiras oscilam perigosamente sobre a cidade e o vento bate nas janelas do escritório. A cidade passou de branca a cinzenta cor de rato quando foge. Por aqui pianadas, chá e o aquecedor ligado. Esta primavera adiada serve-me na perfeição.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES