"Aos cinquenta anos, sou um ser perplexo,
não como aos vinte, aos trinta, ou aos quarenta,
mas radicalmente perplexo. Não sei
se amo a vida ou a detesto. Se desejo
ou não desejo continuar vivendo.
Se amo ou não amo aqueles que amo,
se odeio ou não odeio os que detesto.
(...) E vivi tanto
que me parece tão pouco. E hei-de morrer
desesperado por não ter vivido.
Aos cinquenta anos
nem sequer a raiva dos outros me sustenta
o gosto e a paciência de estar vivo."
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
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Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES