Ulisses é uma obsessão que me acompanha há muito e que do ponto inicial viajou para os vários ulisses, espelhos de uma história eterna – entre a viagem, a das letras, e a grande odisseia maior que desvenda. Ulisses, que depois de combater inimigos e perigos vários, regressa a casa e aos que ama – Penélope, a amada, e Telémaco, o filho. Poderia dizer que a minha obsessão seria a desculpa perfeita para chamar Ulisses a um futuro filho, se um dia o desejar, mas seria ainda pior chamar Telémaco se pretendesse fugir ao óbvio. Por vezes é difícil distinguir entre a ficção e o que é razoável, mas no fundo poderíamos resumir tudo a uma noção de (mau) gosto, um nome feio não o deixa de ser apenas por o escolhermos.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
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Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES