Do outro lado o pisa-papéis
de braços abertos,
sinto-me rodopiar,
vomito ao lado das gaivotas.
Calçada acima,
a propaganda a escorrer nas paredes.
Farrapos de putas aqui e ali,
marialvas foscos em extinção.
Peço um whisky
que sabe a capilé
onde me dói a vida
entre-parêntesis.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES