Dorothea Lange, 1936
Descobri a nova morada. Estão a viver no largo dos jacarandás. Mas agora já não estão sozinhos. São pelo menos uma dezena e para além das mobílias, dos cartões e dos plásticos, existe uma tenda. Há estendais com roupa, há pessoas a lavarem-se no chafariz. Há vida, todos os dias surgem mais pessoas para viver no largo. Há muito e há de tudo, o que falta são mudanças nestas vidas suspensas.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
Agora e na hora da nossa morte - Susana Moreira Marques
Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES