Seis meses a escrever, a martelar letras, a recolher sonhos alheios, a criar ficção, a viver na narrativa, a apaixonar-me pelas palavras dos outros, a perder aviões pelo mundo virtual, a regatear pela memória, a cinzelar momentos, a triturar ideias, a dormir em cima do teclado, a odiar palavras esdrúxulas, a tirar a gravata, a observar fronteiras, a rir-me do óbvio, a registar silêncios, a chorar desconhecidos, a acordar com as teclas na cara, a ironizar desgraças, a viajar em cavalos-de-tróia, a pensar em imagens, a planear imperfeições, a imaginar pontes, a colocar tudo em causa, a receber mensagens imaginárias, a digerir o mundo, a correr atrás de uma obsessão.
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
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Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES