Caro dj, todos os dias ouço o seu set e reconheço-lhe um talento inato para misturar música clássica e dióxido de carbono de uma forma sublime. Com a chegada do calor é com verdadeiro deleite que usufruo do seu trabalho nos pisos -4. Não deixo de ficar apreensivo, no primeiro post que lhe dedico faço um reparo quando os elogios são tantos ainda por fazer. Admito que o problema é meu e nunca culpa da sua play list cuidadosa mas não sei o que lhe passou na cabeça para passar cravo às dez da manhã. Cravo, ar rarefeito e pneus a chiar é o suficiente para ficar intragável para o resto do dia e ninguém conseguir aturar-me. Venho desta forma humilde pedir-lhe como admirador e divulgador da sua obra: ao menos não pode passar o cravo às dez da noite?
a minha língua é a pátria portuguesa
coisas extraordinárias do gabinete
grandes crimes sem consequência
pequenas ficções sem consequência
LEITURAS
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Caixa para pensar – Manuel Carmo
Night train to Lisbon – Pascal Mercier
CIDADES